Sob a Luz do Presente

Palestrante do 10º Congresso Espírita do DF, Haroldo Dutra Dias, conduziu sua palestra de forma on-line. Com exemplos simples, mas profundos e reflexivos, começou com o exemplo da semeadura e da colheita.

Relembrou que só temos um espírito, a semente, porém, com várias existências, para desabrochar e frutificar. Tudo está contido na semente. Cabe a cada ser humano o trabalho da germinação.

As novas oportunidades vêm do perdão de Deus e abordam duas vertentes: o passado e o presente. O passado, explica Haroldo, vai nos procurar, pois todo Espírito é responsável pelas ações e consequências, que não são punições. “A felicidade é proporcional ao grau de purificação, e o sofrimento, à imperfeição”, complementa.

A reencarnação é a benção da semeadura, todavia uma parte dela é reservada para os ajustes. Dessa forma, abrem-se as possibilidades para depurar e construir o futuro. “Uns estão agravando, outros aliviando”, analisa Haroldo.

Nesse contexto, o palestrante aconselha: quem tem conhecimento deve depurar o máximo que puder; nem ter apego ao passado nem fantasiar o futuro.

Haroldo faz uma analogia com o trabalho do agricultor: “Primeiro ele remove a terra, retira as ervas daninhas, ara e aduba para depois receber as sementes. Ou seja, para nós é preparar a terra íntima comandada por Cristo, regenerá-la com bons pensamentos, sentimentos e ações. Plantar humildade, bondade, paciência, desapego, resiliência e resistência espiritual.”

Neste ponto, advêm as reflexões: Como estão nossos hábitos? Como está nosso presente? Evoluindo ou “cristalizado”?

Entre o passado e o presente, o palestrante faz uma nova analogia, citando um motorista: “Ninguém dirige olhando o retrovisor e sim olhando sempre para a frente. No entanto, é necessário dar uma olhadela de vez em quando no espelho retrovisor”.

Haroldo esclarece que a Terra não é só um hospital, mas, também, uma escola. E, como tal, há provas e testes funcionais, para avaliação espiritual de nós próprios, para saber como está nossa lavoura íntima.

É sob a luz do presente que podemos visualizar o futuro. “Temos recursos disponíveis”, evidenciou o palestrante. Uma ação equivocada pode mudar toda a rota das adversidades, advertiu.

Haroldo cita uma frase de Chico Xavier que resume todo este ensinamento: “As árvores que mais crescem são as que mais sofrem podas”.

Para encerrar, ele cita novamente o agricultor, desta vez o Agricultor Maior: Deus. “Como dono da vinha ele nos poda. E essa poda nos traz grandes crescimentos”. E reforça o presente nos alertando que a liberdade tem preço, a felicidade tem preço. “Que no nosso presente possamos construir o futuro que a gente sonha”, finaliza.

Diva Ferreira (Jornalista Espírita)