O Inferno tem o tamanho da nossa rebeldia
Ao abordar a máxima extraída da obra "O Céu e o Inferno", de Allan Kardec, os palestrantes promoveram profundas reflexões no público do Auditório Master da LBV, sugerindo que o sofrimento se dá pela falta de aceitação das Leis Divinas em nossas vidas.
Geraldo Campetti, vice-presidente da FEB, mediou o encontro de gerações entre o experiente orador espírita Jacobson Trovão e o jovem expositor Victor Hugo "Menino", no dia de abertura do Décimo Congresso Espírita do DF, para debater a complexa questão do Céu e o Inferno e como tais fatores influenciam nossas vidas.
Jacobson trouxe o exemplo de Sócrates, que se entregou, docilmente, à sua sentença de morte, por compreender que a experiência seria necessária para seu projeto evolutivo.
"Sócrates fez da aceitação o seu céu existencial", pontuou Jacobson.
Victor Hugo lembrou da obra "Ação e Reação", quando André Luiz esclarece que ninguém se eleva ao céu sem a quitação dos débitos da Terra.
"Os princípios da relatividade são cabíveis no assunto: quanto mais céu interior na alma mais céu exterior podemos vivenciar. Nós construímos o nosso ambiente espiritual".
Outras reflexões foram expostas no "painel doutrinário", como o trabalho de pesquisa de Allan Kardec para elaborar a obra O Céu e o Inferno, a analogia equivocada entre o umbral da obra de André Luiz com a ideia de inferno das religiões dogmáticas, até a conclusão de que o inferno é um estado espiritual da consciência humana.
"O Inferno é construção da nossa desarmonia, da nossa falta de afeto. Por isso devemos considerar que a transformação espiritual do planeta deve começar em nós!", conclui Geraldo Campetti.
Cláudia Corrêa de Andrade
Jornalista Espírita